HOMENAGEM
EMEF CARLOS BOETTCHER FILHO
O mês de maio é especial para a comunidade escolar de Rio Pequeno. No dia 13 de maio de 2011 a EMEF Carlos Boettcher Filho completa 70 anos de educação baseada em princípios que norteiam os trabalhos desenvolvidos em parceria com a comunidade.
A trajetória desta instituição de ensino é baseada em uma história de imigrantes alemães que buscavam criar uma comunidade religiosa agregada à busca de valores cristãos, morais e éticos.
Sabendo que a educação visa atender as exigências de um povo, de um grupo social em determinado período ou espaço de tempo, é relevante buscar nas raízes da comunidade tudo o que as primeiras famílias sonhavam como ideal: um espaço para pregação da Palavra de Deus e um ambiente de instrução para seus flhos.
Conforme registros, a Comunidade Evangélica de Rio Pequeno resolveu construir uma casa para fins escolares e serviço eclesiástico. No decorrer dos anos de 1913 a 1915, a construção foi iniciada e concluída.
A nova casa serviu desde a sua inauguração (20.04.1916) como Escola Particular da Comunidade Evangélica de Rio Pequeno. No ano de 1920, a Comunidade Evangélica de Rio Pequeno tornou-se paróquia e a esposa do Pároco, Sra. Dagmar era professora na Escola Particular. Em 1924, o pastor Häcker também era professor até 1926, quando o Pastor Otto Hoffmann exerceu as funções de médico e professor.
Em 1940-1941, devido a perturbações de ordem pública ocorridas anteriormente e durante a II Guerra Mundial, foi construído um prédio somente para fins escolares no outro lado da rua e sua inauguração aconteceu em 13 de maio de 1941.
A Escola recebeu várias denominações ao longo de sua história:
Até 1941: Escola Particular da Comunidade Evangélica de Rio Pequeno;
Em 1941: Grupo Escolar
A partir de 1949: Escolar Particular Ipiranga
1959: Escola Particular Evangélica Ipiranga
1973: Escola Municipal Carlos Boettcher Filho
1993: Escola Municipal 1º Grau Carlos Boettcher Filho
1999: Escola Municipal de Ensino Fundamental Carlos Boettcher Filho
O sonho projetado pelos imigrantes hoje está sendo conduzido por uma comunidade escolar formada por 102 famílias, 13 professores e 3 funcionários. A Direção está ao encargo do professor Rafael Schultz e tem como lema “Escola, família e comunidade integradas na formação do ser humano!”
A preocupação em envolver as famílias no processo ensino-aprendizagem é um dos grandes desafios num contexto social em que o individualismo evidencia-se em tantas situações, inclusive nas escolas. Em setembro de 1968 na Escola Particular Evangélica Ipiranga, a professora escrevia para os pais, o que para nós ainda continua atual e relevante:
Porque precisamos de professores?
Os pais mandam os filhos educar – porque uns não sabem, outros não querem, outros querem, mas não sabem e outros morrem sem ter concluído sua tarefa. Como as crianças são o mais divino bem, vocês devem cuidar e zelar.
Não pensam vocês que um professor verdadeiro vai prejudicar em alguma coisa as crianças. Não é só as matérias que ele precisa lecionar. Precisa educar para se enquadrar no seu ambiente. Nem todas as crianças obedecem logo, tem espírito de contrariar e no meio de tantas não é possível que uns continuem com seus modos... quanta coisa a criança precisa aprender: cumprimentar, agradecer, pedir, esperar a vez, pedir licença e ainda querer aprender.
Foto de 1960
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